Os cegos do mundo

23 de Abril de 2012 1 Por JORGE Baldez

                              Quando Jesus restituiu a visão ao cego de Jericó ELE sabia das suas condições espirituais, pois a SUA autoridade moral e realeza do Espírito lhe permitia vislumbrar, através do perispírito daquele homem o merecimento que ele havia conquistado por renovar as suas atitudes e reeducar os seus sentimentos. Portanto, sabia Jesus ser ele um enfermo de boa vontade, que diante da multidão que O seguia implora-lhe a sua cura.
A atitude do cego de Jericó, após a cura, confirma a sabedoria da Psicologia profunda do Mestre, pois o beneficiado acompanha Jesus, glorificando e louvando a DEUS,expressando assim, gratidão e fidelidade pelo valioso benefício que acabava de lhe ser concedido. E todo o povo, percebendo aquelas espressões do sentimento, volta-se, ainda mais para a confiança no Divino poder do filho de DEUS.
Nós, os cegos do mundo, somos mais cegos que o de Jericó, pois a nossa cegueira é muito mais grave; e ela se torna mais grave porque vemos e não enxergamos; porque a nossa cegueira, não é da visão, mas sim da alma. Em contraste com o cego de Jericó, que não era capaz de ver as paisagens do mundo, mas enxergava muito bem através da sua gloriosa alma, que expressava a luz ao influxo dos seus sentimentos renovados e reeducados.
Nós, os necessitados do mundo, em grande maioria, costumamos assumir uma atitude muito diversa. Somos doentes do corpo e da alma, reclamando a atuação de Jesus, pedindo dádivas e benefícios ao sabor dos nossos caprichos – frutos do orgulho e do egoísmo que poluem ainda a nossa vida; e, o que é mais preocupante: sem esboçarmos o mínimo esforço pela elevação e renovação dos nossos sentimentos, sem méritos e sem merecimentos. Raríssimos são os que seguem os passos de Jesus no mundo, as pegadas de luz que ELE deixou sinalizando o caminho para que nenhum de nós se perdesse. Portanto, o planeta Terra está repleto dos que creem e descreem, estudam e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.(1)
Não basta ver simplesmente, abrir os olhos para a luz do mundo; mas é necessário enxergar e seguir as pegadas do Mestre, caminhando com ELE ao longo da jornada, trabalhando e servindo sempre.

                                  Referência Bibliográfica

(1) – Vinha de Luz – Francisco C. Xavier – Espírito de Emmanuel, pag 80.