\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 Todos n\u00f3s que participamos do movimento esp\u00edrita, temos a grande responsabilidade quanto ao estudo, divulga\u00e7\u00e3o e pr\u00e1tica da Doutrina Esp\u00edrita – tarefas que, se analisadas criteriosamente, ao longo do tempo, n\u00e3o v\u00eam sendo desempenhadas a contento.
\nNo entanto, mais preocupante ainda, \u00e9 constatarmos a frequ\u00eancia cada vez maior de pessoas em nossas casas esp\u00edritas, quase sempre em busca de orienta\u00e7\u00e3o e consolo e n\u00e3o percebermos nem um ponto de luz, sinalizando qualquer mudan\u00e7a no sentido de nos prepararmos melhor, para o desempenho dessas importantes tarefas. Obviamente que exce\u00e7\u00f5es existem, raras, a bem da verdade, formando pequenas ilhas de seareiros, mas distantes ainda de reunirmo-nos em um grande arquip\u00e9lago, pois falta-nos, em ess\u00eancia, uma conquista fundamental – UNI\u00c3O.
\nEsclarecemos, fazemos palestras, orientamos e esfor\u00e7amo-nos em consolar com o atendimento fraterno, damos passes, encaminhamos para assist\u00eancia espiritual, ou seja, utilizamos todos os recursos que a l\u00f3gica doutrin\u00e1ria nos proporciona para servirmos \u00e0queles que nos confiam os seus problemas, mas ainda n\u00e3o conseguimos ascender com esse movimento esp\u00edrita, apesar de a maioria propalar, a todo o momento, a unifica\u00e7\u00e3o – n\u00e3o conseguimos vivenci\u00e1-la.
\nPor vezes, fa\u00e7o compara\u00e7\u00f5es das religi\u00f5es, com o espiritismo e concluo que n\u00f3s somos do mesmo n\u00edvel ou at\u00e9 mais complicados. Certamente, que n\u00e3o me refiro aos fundamentos da Doutrina Esp\u00edrita, pois estes s\u00e3o irrefut\u00e1veis, l\u00f3gicos, esclarecedores e consoladores, mas a compara\u00e7\u00e3o refere-se ao aspecto comportamental dos indiv\u00edduos, \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o dos ensinamentos evang\u00e9licos no relacionamento interpessoal dos participantes de cada movimento.
\nEnquanto irm\u00e3os de outros credos s\u00e3o movidos por ideias sect\u00e1rias, dogm\u00e1ticas, proselitismo, profissionalismo religioso,pregando: “Fora do templo n\u00e3o h\u00e1 salva\u00e7\u00e3o”, unindo-se em torno de um ideal crist\u00e3o equivocado,\u00a0mas unindo-se; n\u00f3s, que nos dizemos esp\u00edritas esclarecidos, libertos de dogmas, sectarismo, proselitismo, profissionalismo religioso, afirmando: “Fora da caridade n\u00e3o h\u00e1 salva\u00e7\u00e3o”, ainda n\u00e3o somos capazes de unirmo-nos em torno do ideal esp\u00edrita, pois estamos sempre colocando os nossos melindres e personalismos em primeiro plano.
\nAcontece que cuidamos mais em criticar os que est\u00e3o trabalhando e realizando algo, e n\u00e3o nos preocupamos com as nossas pequenas tarefas. Desta forma, um clima de insastisfa\u00e7\u00e3o e desentendimento, fruto de nossas imperfei\u00e7\u00f5es, (pois n\u00e3o existe no planeta, ningu\u00e9m absolutamente h\u00edgido, com perfeita sa\u00fade biops\u00edquica) gera um c\u00edrculo vicioso que assola todo o movimento esp\u00edrita, enfraquecendo-o.
\nComo quebrar este c\u00edrculo pernicioso? – Simplesmente, lembrando-nos de atender ao convite amoroso que Jesus e Kardec nos fizeram, buscando no Evangelho o manancial de amor e harmonia que necessitamos para preenchermos a nossa alma de motiva\u00e7\u00e3o para a paz e deixarmos que ela aflore em nossos sentimentos, palavras e a\u00e7\u00f5es, ou seja, est\u00e1 na hora de conquistarmos as condi\u00e7\u00f5es \u00edntimas que nos propiciar\u00e3o atendendermos ao apelo: Esp\u00edritas, uni-vos!<\/p>\n

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