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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/sergiofm/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114\u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 Falar, escrever sobre m\u00e9dium e obsess\u00e3o \u00e9 tomar o hausto de um perfume, fruto da preciosa, refinada e inteligente am\u00e1lgama divina apresentada por Allan Kardec de um lado da vida e uma pl\u00eaiade de Esp\u00edritos na dimens\u00e3o espiritual – a mediunidade – que o Espiritismo conceitua baseado na concep\u00e7\u00e3o de que o ser humano constitui-se de tr\u00eas partes essenciais: Uma primeira \u00e9 o corpo ou ser material, an\u00e1logo ao dos animais e animado pelo mesmo princ\u00edpio vital; a segunda \u00e9 a alma, Esp\u00edrito encarnado que tem no corpo sua habita\u00e7\u00e3o; e finalmente a terceira diz respeito ao princ\u00edpio intermedi\u00e1rio, ou perisp\u00edrito, subst\u00e2ncia semi-material que serve de primeiro envolt\u00f3rio ao Esp\u00edrito e une a alma ao corpo.(1)\u00a0
\n“A mediunidade \u00e9 uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade de nuan\u00e7as em seus meios e em seus efeitos. Aquele que \u00e9 apto para receber ou transmitir as comunica\u00e7\u00f5es dos Esp\u00edritos \u00e9, por isso mesmo, um m\u00e9dium, seja qual for o meio ou o grau de desenvolvimento da faculdade – desde a simples influ\u00eancia oculta at\u00e9 \u00e0 produ\u00e7\u00e3o dos mais ins\u00f3litos fen\u00f4menos.”(2)
\nPortanto, Allan Kardec disse-nos: ” todos n\u00f3s somos m\u00e9diuns”, contudo no dia a dia costumamos rotular de m\u00e9dium somente aos portadores de mediunidade ostensiva. Ele tamb\u00e9m define mediunidade como: Faculdade dos m\u00e9diuns. Segundo Andr\u00e9 Luiz, mediunidade \u00e9 o atributo de homem encarnado, para corresponder-se com o homem liberado do corpo f\u00edsico.(3)
\nResta perguntar, ent\u00e3o, por que, algumas pessoas s\u00e3o portadoras de mediunidade ostensiva enquanto que outras n\u00e3o? — A este questionamento podemos responder que as causas \u00a0que caracterizam o dom da mediunidade ainda n\u00e3o s\u00e3o perfeitamente conhecidas. A princ\u00edpio pensava-se que para ser portador de um dom t\u00e3o precioso seria condi\u00e7\u00e3o primordial ser um esp\u00edrito de escol ou ter uma moral ilibada, entretanto, a experi\u00eancia no campo da mediunidade demonstrou-nos o contr\u00e1rio, pois existem muitos m\u00e9diuns com mediunidade prodigiosa com n\u00edvel de moralidade question\u00e1vel. Portanto, ser m\u00e9dium n\u00e3o significa ter merecimentos.
\nNo livro intitulado: A Obsess\u00e3o – escrito por Allan Kardec, o mestre de Lion nos esclarece: “O m\u00e9rito n\u00e3o est\u00e1 na posse da faculdade medi\u00fanica, que a todos pode ser dada, mas ao uso que dela fazemos.” Ent\u00e3o, a distin\u00e7\u00e3o capital quanto \u00e0 bondade do m\u00e9dium n\u00e3o est\u00e1 na facilidade das comunica\u00e7\u00f5es, mas exclusivamente na sua aptid\u00e3o para s\u00f3 receber boas comunica\u00e7\u00f5es. Nesse caso, as condi\u00e7\u00f5es morais do m\u00e9dium s\u00e3o de suma import\u00e2ncia.
\nOs esp\u00edritas, principalmente, os que participam e trabalham em reuni\u00f5es medi\u00fanicas devem relembrar sempre das principais advert\u00eancias de Allan Kardec: a obsess\u00e3o \u00e9 um dos grandes trope\u00e7os com que esbarra o Espiritismo; o maior escolho da mediunidade \u00e9 o m\u00e9dium imperfeito, pois os esp\u00edritos embusteiros, levianos, mentirosos e pseudoss\u00e1bios podem misturar-se em suas comunica\u00e7\u00f5es, alterando-lhes a pureza e induzindo o m\u00e9dium ao erro.
\nComo evit\u00e1-lo? – O maior escolho do Espiritismo, cuja gravidade \u00e9 \u00f3bvia – \u00e9 poss\u00edvel de ser evitado, para isso, faz-se necess\u00e1rio o julgamento. Que julgamento? – A capacidade de julgar os Esp\u00edritos por sua linguagem com uma ferramenta infal\u00edvel: o bom senso e a raz\u00e3o.
\n\u00c9 oportuno dizer aos irm\u00e3os esp\u00edritas a import\u00e2ncia de conhecermos os fundamentos do Espiritismo e habilitar-nos para separarmos o joio do trigo.
\nNesse contexto citamos Jos\u00e9 Herculano Pires que no seu livro introdu\u00e7\u00e3o \u00e0 Filosofia Esp\u00edrita ressalta com muita propriedade que os esp\u00edritas se esquecem de algo extremamente importante: “o Espiritismo \u00e9 uma doutrina que existe nos livros e precisa ser estudada.”
\nPermito-me, fazer aqui o seguinte relato: H\u00e1 muitos anos fui a um Centro Esp\u00edrita de S\u00e3o Lu\u00eds para assistir a uma palestra cujo motivo, aos olhos do leitor, pode parecer bastante inusitado: chegou ao meu conhecimento, atrav\u00e9s de informa\u00e7\u00f5es de trabalhadores deste centro – que a palestrante n\u00e3o tinha boa dic\u00e7\u00e3o; cometia erros frequentes de concord\u00e2ncia e o mais grave; possu\u00eda um sofr\u00edvel conhecimento dos fundamentos doutrin\u00e1rios.
\nDirigi-me, ent\u00e3o ao Centro Esp\u00edrita. L\u00e1 chegando, a convite do coordenador, sentei-me ao seu lado. Ele fez a prece de abertura, apresentou e concedeu a palavra \u00e0 palestrante. O sal\u00e3o estava lotado e na primeira fileira eu destaquei uma senhora da nossa sociedade, que ocupava na \u00e9poca um cargo de destaque no setor p\u00fablico federal. No transcorrer da palestra que ia at\u00e9 certo ponto muito bem, um deslize doutrin\u00e1rio foi cometido. Tal fato equivocado gerou uma pergunta da senhora da primeira fila que, por sua vez, deu origem a outro equ\u00edvoco da palestrante ao respond\u00ea-la.
\nCriou-se, ent\u00e3o, a partir daquele momento, um clima desagrad\u00e1vel e o coordenador, senhor culto e com grande conhecimento do espiritismo, sentiu a necessidade de intervir na tentativa de corrigir os dois equ\u00edvocos cometidos. Confesso que eu estava um tanto inquieto com a situa\u00e7\u00e3o, entretanto, no momento em que o coordenador pediu a palavra eu fiquei mais calmo, porque sabia ser ele capaz de esclarecer e contemporizar a situa\u00e7\u00e3o. Entretanto, qual n\u00e3o foi a minha surpresa, pois no transcorrer da fala do coordenador, o esclarecimento ficou um tanto velado, porque ele n\u00e3o sabia se corrigia os equ\u00edvocos e atendia \u00e0s observa\u00e7\u00f5es da senhora, ou, se tentava justificar os enganos da palestrante – era uma miss\u00e3o realmente imposs\u00edvel, que s\u00f3 um cora\u00e7\u00e3o daquela magnitude poderia tentar… Bem, logo ap\u00f3s a velada e amorosa interven\u00e7\u00e3o do coordenador, a palestrante deu continuidade a sua exposi\u00e7\u00e3o. Nesse exato momento, a senhora da primeira fila levantou-se e foi embora, e nunca mais retornou…
\nO tempo passou c\u00e9lere e cerca de 10 anos ap\u00f3s o epis\u00f3dio citado, uma trabalhadora esp\u00edrita pediu-me para assistir a uma amiga em seu domic\u00edlio. No dia marcado, ela conduziu-me a um edif\u00edcio luxuoso e quando adentramos reconheci a mesma senhora, da primeira fila que estava presente no Centro Esp\u00edrita e que havia protagonizado, sem querer, os equ\u00edvocos da palestrante. Ela agora n\u00e3o era mais a mulher esbelta e elegante de outrora: estava com obesidade m\u00f3rbida, depress\u00e3o e o racioc\u00ednio lento devido aos medicamentos que usava.
\nNa realidade, al\u00e9m das doen\u00e7as, ela estava atemorizada com a informa\u00e7\u00e3o recebida em um Centro Esp\u00edrita que trabalha com curas medi\u00fanicas; no qual, al\u00e9m de fornecer-lhe v\u00e1rias recomenda\u00e7\u00f5es antidoutrin\u00e1rias, acrescentaram uma observa\u00e7\u00e3o nada consoladora: a de que aquela senhora era portadora de obsess\u00e3o provocada por nada mais, nada menos que cem obsessores! – \u00e9 isto mesmo, 100, para n\u00e3o se ter d\u00favida.
\nDiante de tal situa\u00e7\u00e3o fiquei t\u00e3o confuso quanto o amigo que tentou justificar os equ\u00edvocos daquela palestrante. Voc\u00ea lembra? Agora, eu estava ali, em nome de Jesus, diante do mesmo personagem, buscando um meio de desfazer os equ\u00edvocos de m\u00e9dium portador de uma mediunidade atormentada… Portanto, conv\u00e9m lembrar que al\u00e9m de bom senso \u00a0e raz\u00e3o, \u00e9 necess\u00e1rio estudar sempre…
\nBibliografia:
\n(1)- Livro dos Esp\u00edritos – quest\u00e3o 135\u00aa
\n(2)- A Obsess\u00e3o – obra de Allan Kardec.
\n(3)- Evolu\u00e7\u00e3o em Dois Mundos – Esp\u00edritos Andr\u00e9 Luiz, psicografia de Francisco C\u00e2ndido Xavier.<\/p>\n
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